As PEA enquadram-se entre as perturbações mais graves com que os profissionais de saúde mental infantil e educação poderão ter de lidar. A cada vez maior precocidade na sinalização de sinais de alarme e no diagnóstico desta perturbação tornam essencial a existência de modelos terapêuticos que vão de encontro às necessidades das crianças pequenas e das suas famílias. A acção de formação incidirá sobre a apresentação do modelo de Intervenção DIR (Developmental, Individual-differences & Relationship-based model) e da forma específica de brincar/trabalhar com a criança Floortime (tempo de chão), que promove a relação, a comunicação e o pensamento. Incidirá também sobre as dificuldades sensoriais que as crianças com Perturbações da comunicação e da relação/PEA normalmente apresentam e que podem afetar a sua capacidade de participação nas rotinas e, assim, ter o seu desempenho ocupacional/funcional comprometido, seja ao nível das atividades da vida diária (vestuário, higiene, alimentação), quer ao nível da interação social, atividades educativas, lazer e brincar.
A integração Sensorial é uma das técnicas mais conhecidas de Terapia Ocupacional e com bastante evidência nas PEA. Visa ajudar as crianças com dificuldades sensoriais a organizar e processar os estímulos e sensações do corpo e do ambiente, de forma a obter uma resposta adequada às atividades do dia a dia, resultando assim numa melhoria da qualidade de vida geral.
Tanto no Floortime como na Integração Sensorial o brincar, sentir e experienciar surgem como elementos chave da intervenção. A criança, ao participar, desenvolve um conjunto variado de competências que tendem a replicar e a usar de forma mais adequada no seu dia a dia. Bem sabemos que nas crianças com PEA o brincar está comprometido, mas também sabemos que o brincar será a melhor estratégia para melhorar as suas competências.

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